terça-feira, 4 de novembro de 2008

FILHOS DO «BLOCO CENTRAL»…

FORAM AMBOS, NOS RESPECTIVOS PARTIDOS, responsáveis pela organização, com o controlo total dos aparelhos partidários – e quem conhece bem esses partidos por dentro sabe o que é que isso significa, em termos de poder e influência, a todos os níveis…
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Foram ambos ministros. Um deles, terá mesmo chegado a telefonar à progenitora para lhe anunciar: «Mãe, sou ministro!». O outro, foi a um programa de humor bastante duvidoso fazer uma figura ridícula, desfigurando a bela canção «Only you»…
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Ambos fizeram das suas carreiras político-partidárias e dos seus cargos governamentais os trampolins de onde saltaram para o sector privado das empresas e dos negócios…
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Um, enriqueceu rapidamente e chegou a estar ligado, entre outros negócios e empresas, a um banco que está agora à beira da falência e em vias de ser nacionalizado…
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O outro, é administrador executivo (CEO) do maior potentado português da construção civil e obras públicas, proprietário da empresa que detém a «concessão» do terminal de carga do porto de Lisboa, em «boa hora» renovada por muitos anos e bons…
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São almas gémeas, filhos queridos do «bloco central» de interesses que nos governa. Um, pontificou no PSD e não se lhe conhecem outros antecedentes políticos. O outro, no PS, onde caiu de pára-quedas depois de passar pela UDP e por Macau. Bons rapazes, inteligências fulgurantes, golpes de vista geniais – e a fortuna sorriu-lhes…
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O «fim das ideologias» é com eles! As suas carreiras edificantes são exemplos para uma juventude que ambicione enveredar pela política – no PSD ou no PS, tanto faz! – para, a seguir, dar o salto para o mundo do negocismo infrene e do enriquecimento fácil…
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Não será difícil adivinhar o lema que os guiou: «Loureiro & Coelho, a mesma luta!»…

1 comentário:

Anónimo disse...

Li, gostei e, no meu blogue www.aditaeobalde.blogspot.com, recomendei a leitura. Já aí tinha alertado para o facto de haver coelhos escondidos com o rabo de fora e/ou rabos escondidos com as palhas de fora.
As legalidades opacas são um bom terreno para as corrupções transparentes e venalidades irresistíveis.
Pedro Martins