«Pilha-galinhas» e «Pilha-milhões»
UM «PILHA-GALINHAS» é ladrão e vai ser julgado em tribunal dois anos depois de ter roubado duas galinhas. Um «pilha-milhões» é um génio e hão-de passar muitos anos até que o seu improvável crime prescreva, enquanto ele continua a sacar milhões de papo para o ar. Roubar industriosamente é engenho, assaltar galinheiros é desaforo.
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Não espanta a diferença, numa sociedade em que os próprios indicadores oficiais mostram que as desigualdades sociais aumentaram na última década, e em que a justiça se arrasta com a lentidão de um «D. Elvira» no Rally das Camélias quando se trata de julgar os ricos e os poderosos que, por azar, chegam a tribunal. Pois pudera!
Não espanta a diferença, numa sociedade em que os próprios indicadores oficiais mostram que as desigualdades sociais aumentaram na última década, e em que a justiça se arrasta com a lentidão de um «D. Elvira» no Rally das Camélias quando se trata de julgar os ricos e os poderosos que, por azar, chegam a tribunal. Pois pudera!
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Quando constatamos que se cava cada vez mais fundo o fosso que separa ricos e pobres, ao mesmo tempo que se alarga a enorme distância entre o poder e os cidadãos, o que espanta é que tudo isto aconteça numa sociedade governada, rotativamente, há três décadas, ora por pretensos socialistas ora por pretensos social-democratas.
Quando constatamos que se cava cada vez mais fundo o fosso que separa ricos e pobres, ao mesmo tempo que se alarga a enorme distância entre o poder e os cidadãos, o que espanta é que tudo isto aconteça numa sociedade governada, rotativamente, há três décadas, ora por pretensos socialistas ora por pretensos social-democratas.
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Como dizia Camilo: «Falta-nos a virtude e a moral; falta-nos o respeito à lei, e a lei que deva respeitar-se; falta-nos esse quase nada que faz dum povo de traficantes e de corruptos uma sociedade de irmãos e de amigos». «Esta frioleira dispensa-se», acrescentava ele, referindo-se a roubos, desaforos, prepotências e «outras bagatelas que desaparecem debaixo dos alicerces dum pomposo caminho-de-ferro». Bruxo!
Como dizia Camilo: «Falta-nos a virtude e a moral; falta-nos o respeito à lei, e a lei que deva respeitar-se; falta-nos esse quase nada que faz dum povo de traficantes e de corruptos uma sociedade de irmãos e de amigos». «Esta frioleira dispensa-se», acrescentava ele, referindo-se a roubos, desaforos, prepotências e «outras bagatelas que desaparecem debaixo dos alicerces dum pomposo caminho-de-ferro». Bruxo!
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NOTA: As crónicas do autor são também afixadas no blogue «Sorumbático», onde é 'contribuidor'. Os desenhos são da autoria de CMR, feitos para a VALOR e a DÍGITO.
3 comentários:
Aproveito este espaço de comentário para felicitá-lo pelas suas afirmações no programa 'Expresso da Meia-Noite'. Os normopatas, mesmo os inequivocamente democratas, ficaram escandalizados. Sinais dos tempos. Eles não sabem nem sonham que os desalinhados também têm coração (e cabeça, claro).
Pedro Martins
O dito pilha galinhas foi algemado, levado para o tribunal em carro celular, filmado, visto por todos.
Os pilha milhões são mais invisiveis. Ninguém consegue dar fé que algum tenha sido visto.
Os tolos, talvez até comecem a pensar que são como os "ganbuzinos".
De vez em quando fazem por aí umas batidas, com nomes tais como "Operação Furação", mas nada apanham. Andarão mesmo aos ganbuzinos?
Assim, acabamos todos por desistir desta tarefa moralizadora.
Para que tal não aconteça, a minha modesta contribuição, será indicar um nome: Michael Pocalyko, um verdadeiro pilha milhões, que de facto andou por aí a pilhar muitos milhões e não só.
Enquanto nós Portugueses, Belgas, Italianos, Alemães e Sauditas, andamos a fazer o levantamento dos milhões "perdidos", o dito, voltou para a Virgínia, USA, onde pretende gozar de uma reforma dourada, na mansão que está a construir com o nosso dinheiro.
Um verdadeiro Tom Ripley.
Por que será que o SIS, o classificou aparentemente como espião industrial?
Seria um tiro para o ar?
António
Caro Dr. Barroso,
Passei pelo seu Traço Grosso e pilhei-lhe o interessante os pilhas. Perdoai-me senhor!
Cumprimentos de Banguecoque
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