segunda-feira, 25 de maio de 2009

MAIS FANÁTICOS, MENOS PERSPICAZES

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RELATIVAMENTE a alguns comentários mais agressivos - e até insultuosos - que me foram dirigidos, gostaria de salientar que as pessoas mais fanáticas são as menos perspicazes. Por isso mesmo, não percebem que o jornalismo «tablóide» praticado por Manuela Moura Guedes na TVI diminui significativamente a eficácia e a força das «críticas» e das «denúncias» que ela quer fazer.
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Tanta histeria e espalhafato mediáticos deitam por terra o mínimo de objectividade exigível a um jornalista que se preze e desacreditam as reportagens, por vezes excelentes, que servem de fundamento às «críticas» e às «denúncias».
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Quem não compreende isto, não vê um palmo adiante do nariz, nem percebe patavina de jornalismo e de política. Paz à(s) sua(s) alma(s)…

domingo, 24 de maio de 2009

Contra um jornalismo repugnante

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A ENTREVISTA de Manuela Moura Guedes a Marinho Pinto, na TVI, terá sido «empolgante», mas o jornalismo «tablóide» que ela pratica, sem vergonha, é repugnante. Hesito mesmo em considerá-lo jornalismo.
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Por muito imprudente e excessivo que seja o actual Bastonário da Ordem dos Advogados – prejudicando, por vezes, a justeza das suas afirmações e a bondade dos seus propósitos – a verdade é que ele deu provas de uma extraordinária coragem, ao denunciar em directo, cara a cara e sem papas na língua, o verdadeiro escândalo que são as sessões de propaganda política, desonesta e canalha, levadas a cabo, às sextas-feiras, pela mulher do Director-Geral da TVI, Manuela Moura Guedes, que não faz outra coisa que não seja desonrar a profissão.
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Além de indigno, o espectáculo que esta senhora proporciona semanalmente é aflitivo, patético e inestético. E descredibiliza as próprias reportagens que o sustentam. É verdade que já uma vez o Miguel Sousa Tavares a tinha criticado e recriminado em directo. Mas ninguém, até agora, tinha sido capaz de a pôr na ordem, por indecente e má figura.
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Esta lamentável e ridícula senhora não se respeita nem se dá ao respeito. Há muito que devia ter sido chamada à pedra, por violação continuada das mais elementares regras deontológicas da profissão. O problema é que quase todos os jornalistas têm medo e já poucos se prezam, numa profissão cada vez mais condicionada pelo poder económico que a domina e controla. A liberdade de informação é uma treta quando pessoas como Manuela Moura Guedes sentem as costas quentes para fazerem o que ela faz, abusando escandalosamente do poder e do púlpito que lhe concedem num canal de televisão privado.
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O rei vai nu (ou, se preferirem, a rainha). Mas se, depois desta corajosa denúncia, tudo continuar na mesma, então é de recear que o pluralismo e a liberdade de informação estejam em perigo.